quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Ajorpeme contra o reajuste na passagem de ônibus
Ajorpeme contra o reajuste na passagem de ônibusEm audiência com o prefeito Carlito Merss, na sexta-feira (20), a Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa(Ajorpeme) entregou documento se posicionando contra o reajuste dapassagem de ônibus.Confira a íntegra do documento:“Gostaríamos de manifestar nossa preocupação e não concordância com aproposta de reajuste da passagem de ônibus apresentada pelas empresas detransporte municipal, visto que o valor da passagem no município deJoinville é dita como uma das mais caras do Estado e da Região Sul doPaís.Cumpre ainda repisar que em período eleitoral todas as manifestações doscandidatos a prefeito foram no sentido de buscar a redução deste custo queonera não só a comunidade, mas especialmente as empresas.Ademais, a justificativa da implantação dos corredores de ônibus deu-se emfunção da possibilidade de aumentar a velocidade média dos ônibus, bemcomo permitir um melhor fluxo na frota ensejando da redução de custo àsempresas de transporte.Afora isso, as empresas de transportes recentemente para reduzir despesaseliminaram o transporte denominado “pega fácil”, eliminaram as linhasditas como deficitárias.Cumpre ressaltar que em temos de crise econômica torna-se inviável orepasse de aumento sendo que as empresas estão sendo obrigadas a nãorepassar aumento para simplesmente manter contratos de fornecimento comseus tradicionais clientes. Portanto é ora de avaliar a possibilidade deredução e jamais praticar aumento que vem na contramão da atualconjuntura-econômica. Ademais, serão as empresas que amargarão os aumentosora propostos pelas empresas de transporte coletivo.Alternativamente, na impossibilidade de repassar o aumento pretendidodeverá ser estudada a viabilidade de redução de impostos nas esferasmunicipais, estaduais e federais às empresas de transporte. Assim sendo,esse aumento além de inaceitável e totalmente inviável face ao acimaexposto.Desta feita, acreditamos que podemos contar com o imprescindível apoio doExcelentíssimo Prefeito nos pleitos acima citados e desde já renovamos osprotestos de distinta consideração e apreçoAtenciosamenteMaria Salete Rodrigues Pacheco – Presidente Ajorpeme Gestão 2009Jucemar da Cruz – Presidente da Ajorpeme Gestão 2008”.
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Muito pertinente e bem colocada a posição da AJORPEME. vale salientar que as justificativas deste aumento são muito frágeis perante a toda exposição de motivos que a entidade fez. Para colaborar anexo texto sobre a tarifa de ônibus em Fortaleza - CE que ha 4 anos permanece sem reajuste com o preço a R$ 1,60 nos dias úteis e R$ 1,00 aos domingos. vejam como se pode dar prioridade ao transporte de massa.
ResponderExcluirSegue o texto:
No dia 1º de dezembro de 2008, Fortaleza completou 4 anos sem aumento da tarifa de ônibus. Desde a implantação do Plano Real, há 14 anos, este é o maior período de congelamento da passagem dos coletivos. A estabilidade conquistada até aqui é fruto da priorização do transporte público e do acesso dos cidadãos ao sistema, que é conduzida pela Prefeitura de Fortaleza e que tem apresentado resultados positivos tanto para o sistema em si como para os usuários.
Um dos mais importantes ganhos tem sido a recuperação da demanda de passageiros transportados, que é o número de pessoas que utilizam os ônibus anualmente. De 2005 para cá, já houve um aumento de 20% desta demanda, contrariando a tendência de queda dos anos anteriores.
Como a tarifa subia consecutivamente, cada vez menos pessoas andavam de ônibus. Hoje, ao contrário, somente em outubro último, 5.250.439 pessoas a mais utilizaram o transporte por ônibus, comparando-se com o mesmo período de 2004. A projeção para o ano é que 301.762.723 usuários se desloquem pelo sistema, contra os 255.915.812 de quatro anos atrás.
Essa recuperação de demanda foi possível graças a uma política de incentivos fiscais, iniciada pela administração municipal. Em 2006, a prefeita Luizianne Lins, numa iniciativa inédita em Fortaleza, reduziu de 4% para 2% o Imposto Sobre Serviços e Mercadorias (ISSQN) que incide sobre o transporte público. O imposto é um dos componentes de repercussão no preço final da passagem de ônibus e sua redução foi fundamental para a estabilidade naquele ano e no seguinte. No primeiro semestre de 2008, foi a vez do governo estadual reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que também incide sobre o setor. Após compromisso assumido com a Prefeita de Fortaleza, o governador Cid Gomes diminuiu de 17% para 8,5% o imposto, o que foi mais um incentivo para que a tarifa permanecesse estabilizada.
O resultado é que hoje, segundo dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Fortaleza é a capital com a menor tarifa de ônibus da região nordeste, ao lado de Teresina, no Piauí. No cenário nacional, Fortaleza tem a quarta menor tarifa dentre as cidades com mais de 500 mil habitantes.
Renovação da frota. Para acompanhar o crescimento da demanda, foram precisos investimentos na renovação da frota de ônibus. Para isso, Etufor, órgão da Prefeitura que gerencia o transporte público, estimulou as empresas de ônibus a adquirirem veículos novos como forma de oferecer mais conforto e segurança aos passageiros. De 2005 para cá, há foram incorporados à frota 815 ônibus, que substituíram veículos com idade avançada. Por causa desse investimento, hoje a frota de Fortaleza apresenta idade média de 4,8 anos, índice considerado muito bom no contexto da engenharia de transportes.