quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

CDL envia carta ao prefeito referindo-se ao transporte coletivo

A Vossa Excelência
Sr. Carlito Merss
Prefeito Municipal de Joinville

Assunto: Reajuste tarifas do transporte coletivo

Cumprimentando-o cordialmente, reforçamos votos de sucesso no comando da Prefeitura Municipal, que, adiante da crise mundial pela qual passamos, não será tarefa nada fácil. Assim, solidificamos nosso apoio para o crescimento da cidade de Joinville, pautados em forte trabalho, honesto e atitudes ponderadas.
A propósito das notícias que indicam a existência de demandas pelo aumento das tarifas do transporte coletivo em nossa cidade, nossa entidade, mais uma vez quer expressar a mais tranquila confiança no sentido de que V.EXa. saberá tomar a decisão correta, sopesando os interesses, as possibilidades e as necessidades em jogo, como magistrado imparcial com muito equilíbrio e sensatez.
Sendo o que tínhamos para o momento, subscrevemos a presente, ao mesmo tempo em que reiteramos votos de estima e consideração.

Atenciosamente,

José Raulino Esbiteskoski
Presidente da CDL de Joinville

Luis Carlos Steinck
Presidente Sindicato Com. Varejista

6 comentários:

  1. Ilmos Srs.
    José Raulino Esbiteskoski
    Presidente da CDL de Joinville

    Luis Carlos Steinck
    Presidente Sindicato Com. Varejista

    Saúdo V. Sas. pela demonstração de atenção para com assunto de relevante interesse para a cidadania joinvillense.
    Lembrando a extraordinária iniciativa desta entidade CDL em apresentar à Municipalidade, em período recente, proposições em benefício da mobilidade urbana e do transporte coletivo de Joinville, ouso salientar a oportunidade de retomar as tratativas destes temas, uma vez que direta ou indiretamente afetam a todos segmentos sociais.
    No momento em que a nova administração convida a sociedade a participar do processo decisório sobre os custos do transporte urbano, cabe a sociedade organizada promover debates e discussões que propiciem a informação para o esclarecimento de dúvidas e o entendimento comum.
    Assim sendo, coloco-me a disposição no sentido de fomentar e ampliar contribuições positivas ao enriquecimento deste processo.
    Atenciosamente,
    Arq. Marcos Bustamante

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  2. Na realidade os aumentos não seriam de tão grande magnitude se os horários e o nível de serviço das empresas fosse satisfatório em todas as áreas da cidade.
    Com moção aprovada na câmara desde 2008, a região distrital de Pirabeiraba ainda conta com um nível de serviço extremamente insatisfatório em comparação com outros bairros da cidade.
    Faltam linhas e horários que deveriam ser revistos. Porém até o presente momento, nada foi efetivamente resolvido.

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  3. Isso é um tremendo engodo. O dever de decidir é do Carlito, ele não pode terceirizar essa decisão, se é para ouvir o povo para que pediu para a SEINFRA estudar? outra coisa, Carlito não perca tempo e gaste dinheiro público fazendo audiência pública, a resposta do povo é NÃO para o aumento, o que o Senhor vai fazer? outra coisa ao invez de ficar vendo se dá ou não dá o aumento, a questão é outra, esse contrato foi licitado, a resposta é NÃO, então o contrato já é ilegal, a regra é licitar.

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  4. Um dos textos mais brilhantes e concisos que tive oportunidade de ler na minha vida.
    Parabéns ao presidente da CDL, pela sua importante contribuição ao debate publico.
    Agora só falta as demais entidades se posicionar no mesmo sentido e nos mesmos termos.

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  5. A publicação da planilha não é inédita em Joinville.
    Após ter assumnido a Prefeitura em 1983, o prefeito Wittich Freitag contratou um grupo de profissionais e criou o Núcleo de Transporte na Secretaria de Planejamento, na época em que o secretário era José Carlos Vieira. Coordenada pelo engenheiro Mario Luiz Garcia Filho, o "Chico", pela primeira vez a Prefeitura levantou dados sobre o transporte. Descobrimos então que haviam ônibus com chassi com data de fabricação diferentes da carroceria e, na planilha, se apropriava a data da carroceria. Identificamos uma diferenaça de 5% na quilometragem rodada, lacramos as catracas e implantamos o Vale Transporte que era comercializado pela Prefeitura. Em 1984 publicamos, pela primeira vez em Joinville, a planilha de cálculo da tarifa no jornal motivados pela pressão dos movimentos populares e, desde então, naquele governo, fizemos a publicação que, por inúmeras vezes, foi ao debate. Lembro-me destes debates onde se faziam presentes o saudoso Befego, a Ideli, o Mescoloto, o Fachini e o Carlito, agora nosso Prefeito. Tenho comigo cópia dos jornais da época, período em que a tarifa era praticamente corrigida mensalmente por conta da inflação (30% ao mes)e, em nenhum momento utilizamos índices, sempre dados operacionais, coleta de campo para apropriar corretamente o valor da tarifa. Nossa frota estava muito velha, sem remuneração e portanto, sem condição de investimento em novos ônibus. Numa estratégia de recuperar a qualidade e credibilidade do transporte público, fizemos um adicional de tarifa prmitindo que tívessemos a condição de incrementar a frota com 50 novos ônibus (foi quando nasceram os amarelinhos para identificá-los). De uma forma pragmática e justa passamos a mudar a cara do transporte coletivo e com todas estas ações a nossa tarifa mantinha-se uma das menores do Brasil para cidades de porte médio. Esta experiência deveria ser resgatada, mas acima de tudo, realizada a contratação de profissionais com conhecimento para fazer a gestão do sistema.

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  6. O atual presidente da CDL, assim como seu antecessor, tiveram a oportunidade de conhecer e debater alternativas para a mobilidade urbana de Joinville durante 3 meses, numa iniciativa impar a na busca de uma visão mais abrangente e sustentável. A CDL investiu numa proposta que visava uma mudança de atitude, quebrando paradigmas e oferecendo ao Poder Público um arcabouço de alternativas, todas viáveis, dependente únicamente da vontade política. A vontade política foi contrária, recebeu negativamente as propostas e se colocou reticente ao diálogo. A postura da CDL foi digna de elogios, diferente das iniciativas passivas e, acima de tudo, pró-ativa. Hoje, ao se manifestar perante a disposição do governo municipal em abrir o debate, mostra novamente quão engajada e disposta está na busca de soluções mais permanentes. O debate aberto pelo Prefeito é sadio e envolve a necessidade de ter interlocutores capazes de absorver críticas e sugestões, de ambos os lados da moeda, no privilégio ao cidadão. Portanto, está corretíssima a postura da CDL em buscar a ampliação do debate e da temática para a mobilidade urbana.

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